soleildesanges

Sunday, December 18, 2005

Natal


Odeio o Natal dos hospitais, as cantigas na rua, os enfeites superficiais e frígidos; luzes da ribalta comercial, luzes de enfeite, luzes vazias; são os dourados, os prateados, a festa magestosa e oca... e a alma? Onde anda ela? Perdeu-se?
São as pressas, é o stress - que está na moda (tomam-se antidepressivos como se fossem rebuçados coloridos), são as prendas, os presentes, as lembranças...
Eu não preciso de lembranças no Natal, mas sim que se lembrem de mim todo o Ano. Os que verdadeiramente amo lembro-me sempre deles e estão sempre comigo no meu coração. Não preciso de lembranças para me recordar da sua existência.
Para mim o Natal é sempre, é todos os dias (é quando o Homem quer).
Acontece quando me lembro de um amigo distante e lhe telefono, quando visito alguém, quando compro um presente sem que para tal tenha que haver uma qualquer festividade que o justifique, quando mando uma sms para saber se o outro está bem.
O Natal é nascimento, é partilha, é comunhão e eu adoro fazer isso todo o ano.
Nascer todos os dias, renovando-me, partilhar pequenas coisas e momentos com os demais e comungar com eles [amigos e família em volta da mesa - e quem sabe um desconhecido ;-) ].
Natal é ajuda, é dizer Bom Dia à senhora do 5º andar, é ajudar a senhora do 3º com as compras, um cego a atravessar a rua, parar na passadeira, ceder passagem no trânsito, dar uma gargalhada em uníssono, fazer um bolo para oferecer, telefonar a um amigo oferecendo a ajuda descomprometida.

Façam disto o Natal das vossas vidas, todos os dias, sem lembranças, mas com “lembranças” (um sms, um telefonema, um sorriso, um abraço, um café, um chocolate...) e não esperem pelo Natal para dizer: Amo-te.


Já agora: FELIZ NATAL (todos os dias) :-D


especial agradecimento ao Fredo Obstinado e Taxodu na correcção ;-) bjocas aos dois

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