vamos pensar...

Existem coisas que não me param de espantar, ora bem e passo a falar de duas que me aconteceram nestes últimos dias. Pois é, desde a imposição das novas regras tabágicas, que passamos, pelo menos eu sim, a olhar para as portas dos estabelecimentos para verificar os símbolos: pode-se fumar ou não?? Mas descobri um novo símbolo esta semana, trata-se de um que especifica que naquele estabelecimento, concretamente um café, é proibido a entrada de pessoas com o uso de boné.

Não existe mais nenhum que regulamente os trajes, a pessoa pode ir até em trajes menores, quiçá com uma mascara de carnaval mas não poderá entrar de boné…Boné é que não!!! Eu na verdade não vi o símbolo mas fui alertada para ele uma vez que entrei no dito estabelecimento com uma boina, ora uma boina não é um boné!!! E a desculpa do sr. é que era proibido usar boné porque em caso de roubo o indivíduo prevaricador poder ser identificado através das câmaras de filmar. Devo ter um ar de criminosa… Entretanto conjecturei, o boné impede realmente a identificação se a posição do individuo estiver em determinado ângulo face à câmara mas a minha boina vermelha mostra a minha cara na totalidade. Será que foi por isso que os turbantes foram proibidos lá para os lados das terras gaulesas? E se for carnaval impedem a pessoa mascarada de beber uma bejeca??? Adiante…

Uma outra que ainda agora estou a pensar nela com cuidado.

Trata-se de uma substância sobejamente conhecida por farmacêuticos, de seu nome carboxi-metil-celulose, ou CMC, a boa desta substância, que não se trata de droga nem coisa que se pareça, também é comercializada a granel para o uso em pastelaria. A minha pessoa que é dada às artes pasteleiras precisa de umas 50 gramitas de CMC, ora toca de ligar a uma farmácia que bem conheço, pois já lá trabalhei e dizer: à tal se não me arranjam aí umas 50 gr. de CMC?? A extrema e zelosa da ex-boss (para ainda ir buscar a “cena” do boné…) vai de me mandar perguntar para que é que necessitava de tal produto, ao que retorqui, para fazer pasta de açúcar… ainda pensei dizer a verdade: à e tal montar um laboratório privado e matar uns quantos indivíduos com produtos ilícitos, mas não, achei que pasta de açúcar era mais convincente, se não é que Sr.ª dona vai de dizer: que primeiro ia ver se eu segundo a legislação portuguesa podia usar aquele produto em géneros alimentícios e em que quantidade é que eu poderia usa-lo. Vamos reflectir um pouco… na faculdade fartamo-nos de falar no CMC… não existe um xaropito que não deva ter um espessante como o CMC, em tempos de constipações nada melhor que colocar nos beiços um liquido com sabor a açúcar e medicamento… e em géneros alimentícios cuja legislação não é tão criteriosa como nos fármacos.. à e tal não sei se pode!!! Sim porque as receitas culinárias que andam por aí em revistas e livros da especialidade às vezes mandam-nos colocar coisas estapafúrdias e fora da legislação portuguesa…

do género:

Massa elástica

Ingredientes:

130g de açúcar refinado

80ml de água

1 colher das de sopa de gelatina sem sabor

23 ml de água

5 colheres de sopa de gordura vegetal

2 colheres de sopa de glucose

200g de açúcar impalpável

2 colheres de sopa de CMC

2 claras de ovo

Preparar uma calda em ponto de foi fraco, com o açúcar refinado e os 80 ml de água. A parte dissolver a gelatina com os 25 ml de água. Juntar a calda com a gelatina dissolvida, acrescentar a gordura, a glucose. o açúcar impalpável (peneirado). o CMC e por último as claras de ovo (sem bater)Coloque em um recipiente plástico com tampa e deixar no frigorifico de um dia para o outro. Fica uma massa escura e "emborrachada".Quando precisar pegue pequenas porções e sove acrescentando açúcar impalpável peneirada até que fique branca e elástica.


já agora gelados, bebidas, pastilhas elásticas entre outros produtos do género alimentar têm na sua constituição CMC

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Carboxi Metil Celulose (CMC)

Polímero semi-sintético, em que grupos CH2COONa substituem o OH na cadeia celulósica, formando-se éteres. Tanto mais solúvel em água quanto maior o grau de substituição, é sobretudo utilizado pela viscosidade conferida às soluções aquosas, que aumenta com o comprimento da cadeia de celulose. A CMC dissolve rapidamente em água e é usada para controlar a viscosidade sem se transformar em gel. Usado como um espessante de soluções e estabilizante de emulsões, também actua como um agente suspensório.É incolor, inodoro, não-tóxico e solúvel na forma de pós ou grânulos.De acordo com as exigências de cada aplicação, são aconselhados os graus Técnicos ou Puros, sendo que nestes últimos são removidos os produtos de reacção não desejados, pelo que aumenta a percentagem de matéria activa.

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