soleildesanges

Monday, December 26, 2005

Felicidade


"O segredo da felicidade é o seguinte: deixar que os nossos interesses sejam tão amplos quanto possível, e deixar que as nossas reacções em relação às coisas e às pessoas sejam tão amistosas quanto possam ser"
Russel , Bertrand

Wednesday, December 21, 2005

Até ao Fim


"Sonhei um dia
Ver o nascer do sol
Na tua companhia.
Aquele céu inundado
De laranja encarnado,
Em dança pungente
De cor viva...
O vermelho da paixão,
O laranja da energia.

Lavou-se a cara,
Lavou-se o coração,
Com um canto lânguido
Com um fado chorado
Com saudade...

São sempre vãs as promessas,
Mas são sempre essas,
Que perduram..."


To The End

All those dirty words
Jusqu'a la fin
They make us look so dumb
En plein soleil
We've been drinking far too much
Jusqu'a la fin
And neither of us mean what we say
En plein amour

Well you and I
Collapsed in love
And it looks like we might have made it
Yes, it looks like we've made it to the end
What happened to us?
Jusqu'a la fin
Soon it will be gone forever
En plein soleil
Infatuated only with ourselves
Jusqu'a la fin
And neither of us can think straight anymore.
En plein amour

(Blur)

Monday, December 19, 2005

Barco Negro

De manhã, que medo
Que me achasses feia!
Acordei, tremendo,
Deitada na areia...
Mas logo os teus olhos
Disseram que não:
E o sol penetrou
No meu coração.

Vi depois numa rocha uma cruz,
E o teu barco negro
Dançava na luz...
Vi teu braço acenando,
Entre as velas já soltas...
Dizem as velhas da praia que não voltas.
São loucas! São loucas!
Eu sei, meu amor:
Que nem chegaste a partir,
Pois tudo, em meu redor,
Me diz que estás sempre comigo.

No vento que lança
Areia nos vidros;
Na água que canta;
No fogo mortiço;
No calor do leito;
Nos bancos vazios;
Dentro do meu peito
Estás sempre comigo.

Poema: David Mourão-Ferreira
Música: Piratini; Caco Velho


[ a ver se da próxima vez cantamos melhor :-) :-P ]

Sunday, December 18, 2005

Natal


Odeio o Natal dos hospitais, as cantigas na rua, os enfeites superficiais e frígidos; luzes da ribalta comercial, luzes de enfeite, luzes vazias; são os dourados, os prateados, a festa magestosa e oca... e a alma? Onde anda ela? Perdeu-se?
São as pressas, é o stress - que está na moda (tomam-se antidepressivos como se fossem rebuçados coloridos), são as prendas, os presentes, as lembranças...
Eu não preciso de lembranças no Natal, mas sim que se lembrem de mim todo o Ano. Os que verdadeiramente amo lembro-me sempre deles e estão sempre comigo no meu coração. Não preciso de lembranças para me recordar da sua existência.
Para mim o Natal é sempre, é todos os dias (é quando o Homem quer).
Acontece quando me lembro de um amigo distante e lhe telefono, quando visito alguém, quando compro um presente sem que para tal tenha que haver uma qualquer festividade que o justifique, quando mando uma sms para saber se o outro está bem.
O Natal é nascimento, é partilha, é comunhão e eu adoro fazer isso todo o ano.
Nascer todos os dias, renovando-me, partilhar pequenas coisas e momentos com os demais e comungar com eles [amigos e família em volta da mesa - e quem sabe um desconhecido ;-) ].
Natal é ajuda, é dizer Bom Dia à senhora do 5º andar, é ajudar a senhora do 3º com as compras, um cego a atravessar a rua, parar na passadeira, ceder passagem no trânsito, dar uma gargalhada em uníssono, fazer um bolo para oferecer, telefonar a um amigo oferecendo a ajuda descomprometida.

Façam disto o Natal das vossas vidas, todos os dias, sem lembranças, mas com “lembranças” (um sms, um telefonema, um sorriso, um abraço, um café, um chocolate...) e não esperem pelo Natal para dizer: Amo-te.


Já agora: FELIZ NATAL (todos os dias) :-D


especial agradecimento ao Fredo Obstinado e Taxodu na correcção ;-) bjocas aos dois

Sunday, December 11, 2005

Relatividade...


" A man sits with a pretty girl for an hour and it seems shorter than a minute. But tell that same man to sit on a hot stove for a minute, it is longer than any hour. That's relativity"

Albert Einstein


é bom sentir a relatividade ... :-) bjos

Saturday, December 10, 2005

O meu planeta


Alguém que reinventa a sua princesa em sonhos e lhe toca na alma, a ama como um ser celeste, por isso está tão bem guardada na sua memória, no seu coração, no seu corpo e a Ela é fiel ... porque nos sonhos somos fieis, amamos incessantemente, dizemos AMO-TE em voz alta, com pulmões cheios, com sentimento vitreo, cristalino, sem duvidas, sem medos... apaixonadamente fazemos amor, cegamos, juramos ser a nossa vida o ELE, o ELA!! Nos sonhos eles e elas são Nossos, somos NÓS juntos e somos UM. Este poema é como uma canção. Só espero que para mim, para ti e para todos um dia deixe de ser sonho cantado e se matrialize.
Parabéns G.B. tens versos lindos, este é simplesmente celestial uma dança de dois corpos que se amam ...



O meu planeta

Passo horas na minha janela
em busca do ponto mais brilhante
do corpo celeste mais próximo

Do planeta mais cintilante

Era mais forte quando tu me agarravas a mão
era mais limpido quando tu me dizias amar
eras no céu estrela polar na minha vida

e era por ti que continuava a olhar

És o meu planeta
é por ti que estudo o céu
na tua orbita gira o meu corpo

que é teu

O teu olhar é brilho planetar
o teu sorriso aquece o meu mundo
as tuas maos abraçam-me

num desejo eterno e profundo...

Não sejas cometa
não quero que te desvaneças no ar
quero olhar para ti mil anos da minha janela

sobre o brilho sereno do luar

E em redor de ti quero seguir
Mesmo não podendo te tocar
e entre poeiras cosmicas

na tua rota quero navegar

(G.B.)

Elogio ao AMOR


Não resisti ... e decidi partilhar!!


ELOGIO AO AMOR

"Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas.
Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem",tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas,matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também."


Miguel Esteves Cardoso in Expresso

vive o AMOR ...

Tuesday, December 06, 2005

Os príncipes existem...


Entraste na minha vida sem pedir licença, sem eu saber porquê e agora estou aprisionada no enrredo das tuas palavras escritas...
porque deixamos que uns entrem pela porta e outros, que tentam entrar pela janela, não os deixamos entrar?


" Os Príncipes existem. O problema é não sabermos reconhecê-los quando nos caem nos braços, porque, no fundo, distraímos-nos com um sonho quando temos connosco alguém verdadeiro - em carne, osso e imprefeições.

O homem da minha vida, sei hoje, é aquele que já não está comigo e que eu continuo a inventar em todos os homens a quem disser "amo-te". Porque o "amo-te" é uma angústia absoluta de querer, é um espaço no colo, é uma voz de golfinho (só fala e só se ouve debaixo de água, ou debaixo de roupa), é um sorriso e um aguaceiro antes do sono. E todos os sorrisos e todas as gotas, descobrimos mais tarde, têm o mesmo tamanho que o primeiro amor. É possível inventar outros, diferentes, arrebatadores. Não é possível negar que, no máximo, viveremos a felicidade da repetição. Alguém devia ensinar às meninas que os príncipes, os verdadeiros, não estão nas nuvens mas vivem entre nós. Pode acontecer chocarmos com um. E que, quando eles entram no nosso castelo, é preciso levantar a ponte e fechar a porta - para que não possam sair.

O homem da minha vida, sei hoje, tem a máscara que sobra depois de um beijo novo, e de outro, e de outro. Os nossos príncipes não são de conto de fadas. Pelo contrário, são uma gravura, um relevo, um corpo talhado no ar, um rosto impresso no sudário - sofre, chora, ri, cega ... ressuscita? O príncipe, o dono de mim, continua lá, aqui, comigo, onde e a quem quer que eu vá. Não porque sonho com ele. Não sonho - aliás, só descanso dele, verdadeiramente, quando consigo dormir, pois dele é o primeiro pássaro que voa de manhã na minha janela. Apenas porque nos amámos tanto - amamo-nos ainda? - que este nome petrificou à minha frente. Procuro chamá-lo de volta, mas a língua não me obedece. E ele já não olha para mim. podem dizer-me: é o teu fantasma. Eu respondo: não, é o meu amor. "

Faíza Hayat

Já agora, é preciso dizer aos meninos que as princesas também existem e são de carne e osso, de sentimentos e imperfeições e apesar de poderem ser raparigas inteligentes, bonitas, com bom gosto e prendadas na cozinha, ou seja, com tantos atributos e não terem uma cara metade!

porque nem sempre se encontra na primeira pessoa com que nos cruzamos o príncipe da nossa vida... ou pode-se estar à espera do príncipe certo :-))

O significado das bananas


Remexendo no baú ...

" Um viajante resolveu ir passar algumas semanas num mosteiro no Nepal. Certa tarde, entrou num dos muitos templos do mosteiro e encontrou um monge a sorrir, sentado no altar.

- Porque é que o senhor está a rir? - perguntou ao monge.
- Porque entendo o significado das bananas - disse o monge, abrindo a bolsa que carregava e tirando uma banana podre do seu interior.
- Esta é a vida que passou e não foi aproveitada no momento certo, agora é tarde demais.
De seguida, tirou da bolsa uma banana ainda verde. Mostrou-a e tornou a guardá-la.
- Esta é a vida que ainda não aconteceu, é preciso esperar pelo momento certo - disse.
Finalmente, tirou uma banana madura, descascou-a e dividiu-a com o viajante, dizendo:
- Este é o momento presente. Saiba vivê-lo sem medo."
Será que somos sábios o suficiente para saber distinguir as bananas maduras das verdes e das podres? Eu espero saber fazê-lo... e sem medo...

Um selo ...


Remexendo no baú ...

" Saímos pelo mundo em busca dos nossos sonhos e ideias. Muitas vezes colocamos nos lugares inacessíveis o que está ao alcance das mãos. Mas existem coisas nas nossas vidas que têm um selo que diz: Você só irá entender o meu valor quando me perder - e me recuperar."

Sunday, December 04, 2005

Entre Comboios


Um dia destes li : a vida é como um comboio, anda e vai parando em estações...

Se não era bem isto, era algo parecido... ao que interessa dizer: a vida anda e existem estações em que descemos e mais tarde retornamos ao comboio e seguimos viagem.

A paragem do meu querido Nuno é agora Aveiro, ele leva com ele um pouco de mim e eu fico com um pouco dele no meu coração... são assim os amigos; é sempre uma agradável surpresa encontar naqueles olhos azuis a doçuca e travessura de uma criança magoada pelo tempo de espera em algumas paragens da vida, no entanto sempre à espera que algo de bom aconteça e com ânimo renovado quando lhe digo que tudo vai ficar melhor... É de facto uma lição para a vida, retornar a entrar no comboio com todas as bagagens e caminhar de encontro ao incerto, não ficar parado na estação à espera que alguém diga: entra... ou entra comigo ...

Continua a vir encontrar-me em Lisboa em intervalos de comboios, pois esta ainda é a minha estação, por quanto tempo não sei...

Pode ser que nos voltemos a encontrar noutra qualquer estação da vida...

Para o natal já escolhi o teu presente... da proxima vez, terei o teu presente para te dar...