soleildesanges

Wednesday, November 30, 2005

O meu poema preferido


Desmaiar, atrever-se, estar furioso,
áspero, terno, liberal, esquivo,
pujante, mortal, defunto, vivo,
leal, traidor, cobarde e valoroso;

não encontrar fora do bem centro e repouso,
mostrar-se alegre, triste, humilde, altivo,
zangado, valente, fugitivo,
satisfeito, ofendido, receoso;

fugir o rosto ao claro desengano,
beber veneno por licor suave,
esquecer o proveito, amar o dano;

julgar que o céu num inferno cabe,
dar a vida e a alma a um desengano;
isto é amor: quem o viveu sabe.


soneto 126 das "Rimas" de Lope de Vega

Tuesday, November 29, 2005

beijo beso bisou bacio kiss kuý poljub kyss kisu pog


Cada vez mais acredito na efemeridade das coisas... a vodafone com a sua efemera faz pensar nisso!!! :-) Let's live life!! No entanto existem sentimentos, que auguram longevidade, e é isso que me faz olhar para cada pessoa como um ser unico e respeita-la como tal. Mas existem aquelas pessoas que se cruzam na nossa vida para deixar marcas, estando longe ou perto sentes por elas carinho e amor; porque quando as conheces-te houve aquela magia do olhar e do dialogo em unissono; a isso eu chamo: a verdadeira Amizade com Click ... pena nem tudo ser assim na vida!!! às Ritas um grande Beijo e à Eugenie un grand bécot (no balão: If Good things lasted forever, would we appreciate how precious they are?) apesar de tudo a efemeridade é boa, faz-nos dar mais valor ao que não é efemero, como a Amizade com Click :-))

adoro Calvin & Hobbes


Dá-me Lume

Chegaste com tres vintens
E o ar de quem nao tem
Muito mais a perder
O vinho nao era bom
A banda nao tinha tom
Mas tu fizeste a noite apetecer
Mandaste a minha solidao embora
Iluminaste o pavilhao da aurora
Com o teu passo inseguro
E o paraiso no teu olhar

Eu fiquei louco por ti
Logo rejuvenesci
Não podia falhar
Dispondo a meu favor
Da eloquência do amor
Ali mesmo à mão de semear
Mostrei-te a origem do bem e o reverso
Provei-te que o que conta no universo
É esse passo inseguro
E o paraíso no teu olhar


Dá-me lume, dá-me lume
Deixa o teu fogo envolver-me
Até a música acabar
Dá-me lume, não deixes o frio entrar
Faz os teus braços fechar-me as asas
Há tanto tempo a acenar

Eu tinha o espírito aberto
Às vezes andei perto
Da essência do amor
Porém no meio dos colchões
No meio dos trambolhões
A situação era cada vez pior
Tu despertaste em mim um ser mais leve
E eu sei que essencialmente isso se deve
A esse passo inseguro
E ao paraíso no teu olhar

Dá-me lume, dá-me lume
Deixa o teu fogo envolver-me
Até a música acabar
Dá-me lume, não deixes o frio entrar
Faz os teus braços fechar-me as asas
Há tanto tempo a acenar


Se eu fosse compositor
Compunha em teu louvor
Um hino triunfal
Se eu fosse crítico de arte
Havia de declarar-te
Obra-prima à escala mundial
Mas eu não passo dum homem vulgar
Que tem a sorte de saborear
Esse teu passo inseguro
E o paraíso no teu olhar
Esse teu passo inseguro
E o paraíso no teu olhar

Rui Malheiro e Tiago Leitão

eu...

Como principiante, anuncio que esta página não pretende ser nenhum journal, diário, murro das lamentações ou qualquer outra coisa melancólica ou cómica... qualquer parecença com a realidade é pura ficção e só quero partilhar como o mundo cibernautico pensamentos e alegrias.